Introdução
- Quem escreveu?
Segundo a tradição, o livro do Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João.
- Quando?
No primeiro século da era cristã.
- Onde?
Na ilha de Patmos.
- Para quem?
Em um primeiro plano, para sete igrejas da Ásia Menor (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodiceia). Em um sentido mais amplo, o livro do Apocalipse destina-se a todas as igrejas em todos os tempos.
- Para quê?
O principal objetivo do livro é encorajar a Igreja a perservar na tribulação, revelando que a vitória de Cristo é definitiva e que Deus está no controle de todas as coisas.
Simbólico ou Literal?
A linguagem é simbólica, mas os fatos são reais. Vale lembrar uma regra da interpretação bíblica: "somente a Bíblia pode interpretar a Bíblia". Devemos evitar especulações sem fundamento.
Como ler o Apocalipse?
- Com reverência e temor;
- Reconhecendo que a linguagem é simbólica;
- Sabendo que toda palavra profética
é útil para edificação, esperança e consolo.
O estudo do Apocalipse não deve produzir especulações vazias ou divisões!
Algumas ferramentas metodológicas
1. Fatos contínuos ou paralelos?
Apesar de o Apocalipse apresentar uma narrativa linear, devemos considerar que esses fatos não precisam necessariamente ocorrer de forma linear, um após o outro. É possível que muitos dos fatos narrados pelo Apocalipse se concretizem de forma paralela integral ou parcial.
2. Passado, Presente ou Futuro?
As profecias do Apocalipse têm se cumprido parcialmente desde o início da história da Igreja e vão atingir o seu cumprimento pleno em um momento histório localizado no futuro. De tempos em tempos, Deus derrama o seu juízo sobre a humanidade para que o munda se arrependa de sua iniquidade e busque a salvação em Cristo. A intensidade e frequencia dessas manifestações do juízo de Deus crescerão até o cumprimento pleno da profecia do Apocalipse com a segunda vinda de Cristo, com a redenção da Igreja, com o Juízo Final e com o novo céu e nova terra.
Tribulação, Arrebatamento e Milênio.
Existem interpretações divergentes sobre os últimos capitulos do Apocalipse no que diz respeito ao arrebatamento da Igreja e ao reinado de 1000 anos de Cristo na Terra.
Eu proponho a seguinte visão: (a) o arrebatamento ocorrerá apenas no final do período conhecido como Tribulação, que terá a duração de 7 anos; (b) sendo seguido pela segunda vinda de Cristo e (c) pelo seu reinado de 1000 anos sobre a Terra. Após esse período de 1000 anos, (d) Satanás será solto por um breve período de tempo e então ocorrerá (e) a derrota final de Satanás e de seus anjos; (f) a segunda ressurreição e (g) o Juízo Final.
Outras posições sobre o Arrebatamento:
- Pré-tribulacionismo: a Igreja será arrebatada antes da Tribulação;
- Meso-tribulacionismo: a Igreja será arrebatado no meio da Tribulação, após 3 anos e meio, antes da pior parte desse período, também conhecida como Grande Tribulação.
Outras posições sobre o Milênio:
- Amilenismo: não há um reinado literal de 1000 anos, pois esse reino de Cristo já começou com a instuição da Igreja; essa posição era advogada por Agostinho e é a posição da Igreja Católica. Esse reinado se encerra com a volta de Cristo e o Juízo Final;
- Pós-milenismo: não há um reinado literal de 1000 anos, mas sim um progresso gradual do mundo causado pela evangelização mundial e pela conversão de grande parte do mundo. No final desse período, Cristo voltará e haverá o Juízo Final.
Algumas sugestões bibliográficas:
SHEDD, Russel. Escatologia do Novo Testamento.
HENDRIKSEN, Willian. Mais que Vencedores.
Plano de Estudo
Aula 1 - Introdução e Metodologia
Aula 2 - As 7 igrejas (caps. 1 a 3)
Aula 3 - A visão do trono e do livro selado (caps. 4 e 5)
Aula 4 - Selos e trombetas (caps 6 a 10)
Aula 5 - O anticristo e a tribulação (caps. 11 a 18)
Aula 6 - A segunda vinda, o milênio, o juízo final, o novo céu e a nova terra (caps. 19 a 22).